Ontem foi a estreia do Festival Premiere Brasil!, realizado com o apoio do Festival Internacional de Filmes do Rio de Janeiro, The Brazilian Film Festival of Miami e o Museum of Modern Art (MoMA). Estava marcado uma celebracao seguida da apresentacao do filme no Socrates Sculpture Park, ao ar livre, o que provavelmente iria deixar a bertura do Festival com uma cara mais do nosso pais, mas nao foi possivel por causa da chuva e a mostra foi trasferida de ultima hora para o agradabilissimo American Museum of Moving Image. O local acabou se tornando uma descoberta, perdido em Astoria, Queens o Museu e pequeno e interessante. A galeria me deixou intrigada ( e maluca ) com uma maquina de 9 lentes que produz fotos dividas em 9 quadrinhos. Lomographic Segundo a mulher e Austriaca a camera, segundo os sites sao Japonesas. Eu ja havia visto isso no International Center of Photography, mas ontem pude ver as fotos, como elas ficam. Um caso interessantissimo a parte.
Voltando ao Festival e esquecendo um pouco minhas viagens, estavam presentes a Jo, Mama e fomos apresentadas ao diretor de I Hate Sao Paulo, Dardo Toledo de Barros que estara apresentando o filme no Mostra Internacional de Cinema de Sao Paulo. este ano, em Outubro.
Todos prontos para assistir a Uma Vez Houve Dois Veroes de Jorge Furtado, filme de 2002. O filme recebeu excelentes criticas como esta (para quem assina UOL ou Folha podem acessar o artigo completo), da Folha:
"Em cartaz em São Paulo, HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES consegue retratar os adolescentes, suas dúvidas e ansiedades com irreverência e fidelidade. Furtado constrói personagens que têm como trunfo uma aparente normalidade. São jovens sem afetação e sem rótulos estampados na testa, gente comum que você acha que pode encontrar a toda hora em qualquer lugar. (...) No lugar de pirotecnias tecnológicas, Furtado usou duas armas: um roteiro bem estruturado, com um humor sutil, e um modo de filmar clássico, seguro, sem grandes invenções."
O filme e realmente muito bom. Com humor, custo baixo, boas sacadas, piadas excelentes, e um final de mestre. O que me entristece e que ao chegar em casa eu me dou conta que este tipo de coisa nao e consumida no proprio pais que e produzido e pior na propria terra. Liguei para um gaucho para conferir se ele tinha assistido ao filme e a resposta foi negativa. Assim como ele milhoes de pessoas nao tem nem conhecimento de que existe producoes brasileiras excelentes sendo mostradas dentro do proprio pais e que merecem uma atencao maior. Sao filmes produzidos por pequenos genios que se desdobram dentro de um pais em que cultura nao e levada a serio para produzir, dirigir verdadeiras obras de arte e o produto, muitas vezes acaba sendo consumido fora do proprio pais, fazendo sucesso no exterior e o caminho para abrir os olhos do proprio povo.
Me irrita isso.
Mais uma vez, fugindo do que eu acho ou deixo de achar e uma producao que vale a pena "perder" 1h30min do seu tempo para conferir e assim ajudar o desenvolvimento do cinema brasileiro que daqui, pelo menos nos parece estar crescendo muito bem.
Cena do Filme: Chico e Roza, com Z!
Lojinha do Museu da Imagem que se Move.
Maquina pela qual eu me apaixonei.
O Festival do Rio e o sexto maior do mundo!!!!