Decepção.
Já vou avisando: não quer saber como é o filme, não leia a resenha que está no link e pertence ao Pop Matters.
Nem queria escrever nada agora porque eu realmente preciso de um bom tempo para digerir certas coisas. Isso sempre acontece com música - a primeira vez que eu ouço um CD novo eu sempre odeio - e com filmes, como por exemplo LOTR 2 que eu simplesmente O D I E I, depois de ter assistido no cinema no ano passado e hoje tenho 200 DVds do filme. Mas, lá vamos nós. Em uma palavra? Que DECEPÇÃO!
Eu achei o filme completamente deficiente, muita coisa faltando, muita coisa mal-feita, pouco tempo, muito filme, estranho, no mínimo. Na verdade felizes são os que nunca leram o livro, porque assim podem ir ao cinema felizes e curtirem a história modificada sem nem se darem conta de que as coisas não são bem assim. Eu que quase terminei o terceiro filme sempre sofri com as comparações chatas de "isso está faltando e era muito importante, aquilo não era assim", etc...
Ontem não foi diferente. Eu já estava preparada para o cansaço que é assistir a LOTR, fui ver a versão extendida do filme 1 e quase morri no cinema, tudo dói, pernas, braços, bunda... Por tanto, não adianta eu colocar a culpa no mal-humor que eu fico nestas situações. O problema é que
3.30h não foram suficientes para Peter Jackson desenvolver a história do terceiro livro, partes importantes foram cortadas, o que eu achei que seria cortado (como a cena de Seagol e Deagol) não foi, assim não sobrou espaço para as cenas importantes serem bem explicadas, parece que o tempo também acabou na hora de finalizar o filme com os efeitos especiais e a batalha de Minas Tirith, que eu imaginava ser a coisa mais espetacular do planeta saiu ordinária - para não dizer uma bosta.
Em um momento Aragorn desaparece do filme por quase 1h, você até esquece que ele existe e quando se lembra, pensa "que esse palhaço está fazendo, tá todo mundfo precisando da ajuda dele", por outro lado o grande desafio do rei que seria assumir sua posição de herdeiro do trono e ir até o Path of Dead ( que eu não sei o nome em português porque li o livro aqui...) é uma cena de dois segundos sem a mínima graça ou desafio real.
Ah, o final. Meu Deus, o que é aquele final, além de desnecessário, é chato e parece final da novela das sete da rede Globo. Todo mundo fica com todo mundo, só falta os hobbits virarem gays e se casarem, e o que seria importante como a posse de Aragorn e o reencontro com Arwen é completamente rápido e cretino. Lógico que é muito emocionante de qualquer forma, mas que é muito menos do que se esperava e do que anunciaram, isso é.
Ainda com tudo isso eu gostei, sei que em dois meses, depois que reasistir mais sete vezes eu vou esquecer destas reclamações de gente ranzinza, que eu vou me apaixonar e comprar o Dvd na versão mais extendida possível e passar 10 horas em frente a televisão, reassitindo tudo com o maior amor. Eu acabei me tornando uma viciada em LOTR desde que comprei o primeiro livro, hás alguns anos atrás. Tenho o cobertor dos Hobbits, e mais um bando de porcarias do filme. É amor, apesar de toda reclação não há como negar que o trabalho de Peter Jackson é grandioso, criativo, genial.
Outra coisa importante para mim é que eu tive o prazer de aproveitar das entrevistas cedidas pelos atores à imprensa internacional em Outubro, o que me fez enxergar cada detalhe do filme, e cada personagem de uma forma completamente diferente. Isso pode também contar para o fato de eu já conehcer algumas cenas e elas não terem sido nenhuma surpresa para mim, mesmo assim é engraçado lembrar do Orlando Bloom contando detalhes da cena em que ele sobe num Oliphant e do Elijah Wood contando os detalhes da última cena do filme.
É, com toda a certeza, um filme que eu vou guardar no meu coração.