Wednesday, July 27, 2005

Lolla

Embarcamos para Chicago na sexta-feira passada especialmente para o Lollapalooza. O Alê já estava lá (tinha ido de manhã), e nos encontraríamos a noite. A idéia era fazer alguma coisa na sexta ainda, para conhecer a cidade, e curtir o festival durante o sábado e o domingo. Nem tudo deu certo, nós estávamos cansadíssimos, mal conseguíamos andar, e correr de palco para palco durante o dia todo não ajudou. Acabou que, no final da noite, não tínhamos mais forças para conhecer absolutamente nada.

O que também é apenas resultado de que o show do Kaiser Chiefs foi do caralho, talvez o melhor, e eu pulei como uma enlouquecida, substance abuser or something. O Alê contou a histórinha dos fans que subiram no palco para cantar "Oh My God" com a banda. O que foi super-engraçado isso ter acontecido justo com esta música. Ao desembarcar em Chicago, eu virei para a Lily e comecei a fazer piada com o estado (Ilinois) e a cantar as músicas que tinham a ver com o momento, e a primeira coisa que me veio à cabeça foi "Oh my God, I can't believe it, I've never been this far away from home." O que é verdade, Lyndhurst, NJ é o centro do universo para algumas pessoas! ;-P

Depois teve Cake, que é minha paixão total. Mas eles se concentraram no album novo, que eu não decorei as letras ainda, o que foi chato. Neste primeiro dia teve também And They Will Know Us By the TRail of The Dead..., que é uma banda nova, indecisa, mistura metal com indie com emo e no final do show faz o absurdo de quebrar os instumentos. Odeio isso do fundo da minha alma. Desperdício de instrumento musical, acéfalos, eu poderia me virar muito bem com as guitarras que foram quebradas lá.

A noite fechou com Weezer, show que eu espero desde que aprendi a falar praticamente. Ok, 10 anos depois que eu aprendi a falar eu comecei a cantar Weezer. Foi o show mais longo e produzido que nós vimos, o mais apertado e com mais gente idiota por centímetro quadrado (metro quadrado é luxo em algumas situações). Também deram ênfase ao Cd novo, o tal do Make Bilieve e tocaram as músicas antigas mais conhecidas, Hash Pipe, Island in the Sun.

Aí você sente falta de todas a bandas que tocaram e você não pode assitir como The (International) Noise Conspiracy, que eu adoro, e Liz Phair (nem que fosse para tacar uma pedra nela). Never is enough.

Vou colocar algumas fotos aqui, falta tempo para arrumar as outras, fica faltando Weezer e o dia 2, que eu coloco quando voltar de New Orleans, para onde vou neste final de semana escutar Jazz e fazer inveja para minha melhor amiga! ;-P (que bafo!)

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Siren Music Festival - Village Voice - Part II

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Verão, verão. 114º. Até que enfim! Eu gosto quando faz calor até eu passar mal e achar que vou desmaiar (o que nunca acontece). Este ano demorou para fazer mais do que 100ºF (cerca de 40ºC), e agora realmente dá para sentir que é verão mesmo. Férias, música, viagem. É o clima. Daqui a alguns meses já estaremos novamente trancados dentro de casa, engordando, entediados, de baixo de neve (escutando Tunnel do Arcade Fire).

Enfim, fomos no Siren (o Festival naquela praia podre do Brooklyn, mas que vira o local mais cool da Terra por apenas um dia em Julho), que eu estava esperando há muito tempo. Tocou VHS or BETA, Spoon, Brendon Benson (que também estavam no Lollapalooza), mas nós não assistimos nenhuma performance inteira, estávamos mais preocupados em passear pela praia, encontrar as meninas, tirar fotos e terminamos a noite caminhando pelo East Village, sem nem esperar pela apresentação final do Spoon.

O mais bacana foram todos os Cds que nós ganhamos:

* High Fives & Stage Dives
* Astralwerks & New Music 05
* MTV U - Year in Your Ear
* Record Collection Sampler 2005
* New Noise No. 10

* Everything But the Girl - Adapt or Die - Ten Years of Remixes.

Só tive chance de escutar os disquinhos agora, e posso dizer que eles são do caralho, são compilações de diversas bandas novas, muita coisa boa, todo o tipo de rock, desde My Chemical Romance à Death Cab for Cutie à Juliet Lewis & The Licks. Dá para se divertir bastante!

Para finalizar, o namorado foi embora e deixou a camiseta mais bacana, da Kate Earl, Fate is the Hunter. Não conheço a cantora, mas o cheiro da camiseta é fantástico. ;-P

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Oh, babe, I was bound for Mexico.
Oh, babe, I was bound to let you go...


Cake - que tocou "Mexico" no Lollapalooza e quase parou meu coração.

Tuesday, July 26, 2005

Lollapalooza Festival

Looking Back on the Days of Daring Rock Rebellion

Monday, July 25, 2005

Lolla

Final de semana arrastei namorado e melhor amiga para Chicago. A idéia era simples, 60 bandas, 5 palcos e muito, muito rock. Voltamos hoje, e enquanto eu preparo as fotos para colocar aqui, a única coisa que eu posso dizer é que Kaiser Chiefs foi A Banda do Lollapalooza, e que a performance do Arcade Fire foi de levantar os cabelos do braço. Eu fiquei em choque o final de semana inteiro. Quando me recuperar eu volto, e mostro as fotos!

Tuesday, July 19, 2005

Dolly

O presente perfeito! O namorado tem um olho excelente e escolheu a boneca mais adorável da loja para mim! O mais lindo é que ela tem pantufas de coelhinho, com rabinho e tudo. Linda, linda...

Friday, July 08, 2005

"Eu conheço uma boa rádio pela qualidade do seu som"

Se eu começar a cantar "mãozinha, mãozinha, mão na cinturinha e mexe, mexe, mexe..." não fiquem assustados.

No meu prédio opera a Rádio Alterntiva FM - "A Primeira Rádio 100% Brasileira nos EUA." O pessoal que trabalha lá é todo cool, modernetes, a recepção da rádio parece um lounge, cool people hanging out e tal. Eu me dou bem com o pessoal, mas como eu me dou bem com qualquer estranho. Fico na minha.

Não é que um dos meninos entra no meu escritório e me trás um presente: um rádio, sintonizado na 103.4, "para alegrar meu dia", e de cinco em cinco minutos ele entra na minha sala para checar o sinal. Só quem me conhece sabe que esta situação é o equivalente a minha idéia de inferno.

Eu não acho que porque eu sou brasileira eu tenho que escutar estas músicas. Eu não acho que todas as pessoas de um mesmo país são obrigadas a ter o mesmo gosto musical, e se eu gostasse disso, eu não teria me mudado para cá. Justo eu, que mesmo não sendo religiosa, só falto ajoelhar e agradecer à Deus, por morar aqui e não ter que escutar este tipo de coisa. Eu eliminei isto da minha vida de uma tal uma forma que eu sequer conheço as bandas, letras, músicas novas. É só uma questão de gosto.

Não quer dizer que eu não escuto música do Brasil. Eu tenho certos amigos que me jogam toneladas de rock gaúcho na orelha. Coisa que eu não escuto há um tempo, resquícios de bad break-up, mas que eu adoro. Eu posso passar o dia escutando Wonkavision e Bidê ou Balde, mas não me peça para escutar o Latino, e..., e..., bom eu nem sei o nome do povo... Babado Novo. Eu não vou. É muita falta de educação invadir a sala de alguém desta forma, sem conversar comigo e se preocupar em saber qual é o meu gosto. Eu achei muito legal o cara querer me agradar, mas"meu amigo, você começou errado.

Agora eu vou desligar o rádio e com muita educação e minha cara de anti-social ir té a sala deles devolver e agradecer.

Wednesday, July 06, 2005

I'm cool, I'll kill you!

Capa do Post de Domingo:



Depois de meses com notícias como estas no jornal, o menino de 15 anos morreu no Brooklyn neste final de semana, vítima de um grupo que assalta pessoas com i-Pod. É a nova idéia do que é ser cool, roubar quem tem um aparelho de MP3. E esfaquear. Os crimes dentro das estações me metrô aumentaram 17% só este ano, e a polícia culpa o aparelhinho da Apple. Segundo o NYPD, se as pessoas não usassem i-Pod o índice seria 3% menor.

3% menor! ok, então qual é a justificativa para os outros 14%? Incrível, época de reeleição e ninguém fala absolutamente nada contra o Bloomberg e todas as coisas ridículas que ele fez para a cidade, e neste caso, contra os policiais, cortando benefícios, demitindo muita gente, fechando delegacias.


Ainda bem que não aprovaram aquele estádio imbecil no West Side. Para pagar bombeiro e policial a cidade não tem dinheiro, para construir estádio sem necessidade, enquanto as escolas públicas são podres, eles têm. É a cidade investindo nas Olímpiadas de 2012, com mais de cinco estádios (que eu consigo contar): Shea, Yankees, Giants(que conta como NY), MSG (que bem ou mal á casa do Knicks e Rangers), e o Keyspan Park no Brooklyn. Ok, ok exagerei, ninguém vai à Coney Island e o tamanho do Keyspan é de dar risada. Still... E assim que o Bloomberg vai ser reeleito. O bilionário administrador que mantém o maior número de homeless nas ruas dos últimos 15 anos. E a culpa é sua, que anda de i-Pod.

** No final das contas o projeto para o West Side Stadium foi transferido para o Brooklyn e as Olimpíadas para Londres.

Monday, July 04, 2005

The High Road

Observações sobre o show do Creedence Clearwater em Westbury, NY


Tiram sarro de mim. Constantemente. Até meu namorado. “Ela mora em Lyndhurst, NJ.” Com ênfase em New Jersey. Eu moro na beira do Rio Hudson. É do lado da cidade. Mas fiquei abismada quando, na sexta-feira, depois de uma hora andando de Long Island Rail Road (LIRR), eu desci do trem e me senti no interior de Idaho. Inteior é alí! Alguns minutos fora da cidade e New York vira uma roça. As pessoas mudam, falam contigo, sorriem, são simpáticas. That’s NY, baby! Uma noite de country-rock e o pessoal usando cinto de couro com fivela grande. Juro. Bota de cowboy. Fantástico.

O teatro, chamado Music Fair até alguns meses atrás, hoje é North Fork Theater. Pequeno, redondo, com o palco giratório no centro. Creedence fez um show excelente. Aberto por Mark Farkner, que nós fizemos questão de ignorar. O triste é ver uma banda de 40 anos não lotar uma casa para 2000 pessoas, todas sentadas em suas cadeiras numeradas. E eles são ótimos, isto é show de rock! O baterista e o baixista ainda fazem parte da composição incial, o restante do pessoal é relativamente novo, 20, 15 anos de banda. E mesmo com problemas ridículos de som, foi incrível. Solos de guitarra para nunca mais esquecer. Daqueles shows em que a experiência fala mais alto. Simpáticos, conversaram bastante com o pessoal, e no final, voltaram para mais cinco músicas! Lindo, lindo. O pessoal os recebeu dançando.

***

Feriado


Final de semana longo, com direito à comemorações por eu ter terminado meu curso de Jornal (eu acho que era a única pessoa comemorando isso mas ninguém se lembra que é 4 de Julho mesmo!), cinco meninas de vinte anos se reúnem para dançar no Crobar. Uma noite cheia de desastres, que provavelmentre eu vou rir depois, como pagar 12 dólares por quatro pilhas AA; sair correndo sozinha, às 11.30 da noite por Hell’s Kitchen, porque suas amigas não te esperam, suas sandálias abrirem no meio do caminho, você quase tropeça, com vários sujeitos estranhos observando sua saia minúscula. Dentro do club, uma menina cai no chão e fode com meu pé, e quando você pára na rua para fechar a sandália, suas amigas acham que você vai fazer xixi e ficam indignadas. Mas também rola destes diálogos inesquecíveis, que acabam se tornando nossas piadas pessoais, mas que são censuradas.

No final da noite, depois de caminhar duzentas quadras procurando um Mc Donald’s ou uma Deli aberta, entramos em um Diner 24 horas, onde eu perco minha câmera. Desespero total. Só descubro quando estava dentro do metrô, saio correndo, volto ao lugar e recupero a mocinha. Meu medo é maior do esporro que eu levaria em casa do que o valor que teria que desenbolsar para pagar. Quando você descobre que você mora com alguém que te dá este tipo de medo, é porque já passou da hora de mudar. Então eu e a Amanda estamos procurando casa nova. Vamos mudar de estado, mas vamos nos mudar. Temos até Dezembro para juntar grana e resolver isso! Bom outra solução seria comprar uma câmera para mim, mas.... The High Road!