J.J. Abrams
CINEMA - J.J. Abrams encara Missão: Impossível III - entretenimento - Data: Terça 2/5/2006 13:55:16
Vanessa Mael, do Extra*/Especial para BR Press
(Los Angeles, BR Press*) - Poucos produtores de TV são conhecidos pelo público e adorados pela mídia. J. J. Abrams é um deles. Considerado o homem mais quente da televisão hoje, ele é o criador de dois dos seriados de maior audência no EUA, Lost e Alias. Seu primeiro seriado de sucesso foi Felicity, que relatava os dramas de uma jovem forte e independente. Aliás, os personagens femininos de Abrams sempre demonstram esta característica: são figuras fortes, ao contrário de mocinhas que precisam ser resgatadas por um herói. E assim continua sendo em Missão: Impossível III.
Seu novo trabalho é a estréia em grande estilo no cinema. O convite foi feito por Tom Cruise, que recebeu de presente duas temporadas completas do seriado de ação Alias. O resultado? Puro estilo de Abrams. À frente da franquia, o diretor de 44 anos transformou o "filme-marca" de Cruise em um episódio de Alias, e adicionou ao elenco forças como Laurence Fishbourne e o ganhador do Oscar de melhor ator, Philip Seymour Hoffman.
Em entrevista exclusiva, Abrams conta como foi sua primeira experiência como diretor de cinema em um filme com sucesso de bilheteria garantido.
*
Como foi a sua estréia na direção de cinema?
Abrams - Desde que eu era criança, queria dirigir filmes. Quando Tom me ofereceu este trabalho, foi um sonho. Eu não conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Não apenas porque era um filme, mas era o tipo de filme que eu sempre quis fazer, um longa-metragem, com muita ação, efeitos visuais. Mas havia um espaço reduzido para uma estória emocional em M:I III. Então, nós desenvolvemos uma idéia simples: o que acontece quando você mente para a pessoa que você ama? Esta era a premissa.
O elenco de M:I III é incrível, com Philip Seymour Hoffman, Johnathan Rhys-Myers e Laurence Fishbourne, entre outros. Você teve que receber autorização de Tom Cruise para escalar o elenco?
Abrams - Tom Cruise e Paula Wagner, os dois produtores do filme, apoiáram minhas escolhas 100%. Ao mesmo tempo em que eles estavam envolvidos em todas as decisões importante do filme, me davam liberdade de escolha. Deixaram-me escrever o filme que eu queria escrever, escolher elenco, dirigir, editar e cortar o que eu achasse necessário. Foi inacreditável. Quando eu quis adicionar pessoas com quem eu trabalhei em Alias, que eu sabia que eram a melhor escolha para o trabalho, eles disseream "Você quer o Scott Chamblers? Ok." E o Scott Chamblers se juntou ao grupo, fez o design do filme, um trabalho espetacular, todas as sequências do filme são lindas, os interiores de fábricas, do Vaticano, das casas na China, foram desenvolvidas e reconstruídas por ele.
Sabendo que Tom Cruise gosta de gravar todas as cenas de ação sem o uso de dublês, você teve receio de que alguma cena pudesse machucar o ator?
Abrams - Houve apenas uma cena que eu não quis que ele filmasse. Era uma na qual ele tinha que passar pelo vidro. Mesmo sendo vidro fictício, ele poderia se cortar, se machucar, e nós tínhamos de continuar filmando. Você pode ser um dublê excelente, mas não pode prever de que forma o vidro irá se quebrar. Seria impossível permitir que ele ficasse com arranhões e cicatrizes, sendo que tínhamos filmagens agendadas para o dia seguinte. Não havia necessidade de ser ele, era uma cena aberta, mas Tom queria fazer assim mesmo. Tom fez uma versão da cena em que ele entra com o pára-quedas dentro do prédio de vidro, mas antes do impacto nós mudamos para o dublê. Fora isso, todo o resto do filme, o tiroteio na ponte, ele caminhando nos telhados em Xangai — é Tom Cruise.
O com você lidou com o medo de que algo pudesse acontecer com ele?
Abrams - Tiveram momentos em que eu senti medo. Mas foi tão surreal participar deste filme e ver Tom Cruise pendurado por um fio de aço, a 100 pés do chão, que parecia não ser real. Nós estávamos em boas mãos, Vic Armstrong (coordenador de dublês), que é fantástico. Nós sabíamos que havia risco, mas que era o mais seguro possível para um set de filmagens. Uma coisa que eu odiei foi na cena da ponte, quando um caminhão passa por cima de Cruise. Aquilo foi assustador, era um caminhão passando por cima de Tom Cruise!
Vanessa Mael, do Extra*/Especial para BR Press
(Los Angeles, BR Press*) - Poucos produtores de TV são conhecidos pelo público e adorados pela mídia. J. J. Abrams é um deles. Considerado o homem mais quente da televisão hoje, ele é o criador de dois dos seriados de maior audência no EUA, Lost e Alias. Seu primeiro seriado de sucesso foi Felicity, que relatava os dramas de uma jovem forte e independente. Aliás, os personagens femininos de Abrams sempre demonstram esta característica: são figuras fortes, ao contrário de mocinhas que precisam ser resgatadas por um herói. E assim continua sendo em Missão: Impossível III.
Seu novo trabalho é a estréia em grande estilo no cinema. O convite foi feito por Tom Cruise, que recebeu de presente duas temporadas completas do seriado de ação Alias. O resultado? Puro estilo de Abrams. À frente da franquia, o diretor de 44 anos transformou o "filme-marca" de Cruise em um episódio de Alias, e adicionou ao elenco forças como Laurence Fishbourne e o ganhador do Oscar de melhor ator, Philip Seymour Hoffman.
Em entrevista exclusiva, Abrams conta como foi sua primeira experiência como diretor de cinema em um filme com sucesso de bilheteria garantido.
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Como foi a sua estréia na direção de cinema?
Abrams - Desde que eu era criança, queria dirigir filmes. Quando Tom me ofereceu este trabalho, foi um sonho. Eu não conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Não apenas porque era um filme, mas era o tipo de filme que eu sempre quis fazer, um longa-metragem, com muita ação, efeitos visuais. Mas havia um espaço reduzido para uma estória emocional em M:I III. Então, nós desenvolvemos uma idéia simples: o que acontece quando você mente para a pessoa que você ama? Esta era a premissa.
O elenco de M:I III é incrível, com Philip Seymour Hoffman, Johnathan Rhys-Myers e Laurence Fishbourne, entre outros. Você teve que receber autorização de Tom Cruise para escalar o elenco?
Abrams - Tom Cruise e Paula Wagner, os dois produtores do filme, apoiáram minhas escolhas 100%. Ao mesmo tempo em que eles estavam envolvidos em todas as decisões importante do filme, me davam liberdade de escolha. Deixaram-me escrever o filme que eu queria escrever, escolher elenco, dirigir, editar e cortar o que eu achasse necessário. Foi inacreditável. Quando eu quis adicionar pessoas com quem eu trabalhei em Alias, que eu sabia que eram a melhor escolha para o trabalho, eles disseream "Você quer o Scott Chamblers? Ok." E o Scott Chamblers se juntou ao grupo, fez o design do filme, um trabalho espetacular, todas as sequências do filme são lindas, os interiores de fábricas, do Vaticano, das casas na China, foram desenvolvidas e reconstruídas por ele.
Sabendo que Tom Cruise gosta de gravar todas as cenas de ação sem o uso de dublês, você teve receio de que alguma cena pudesse machucar o ator?
Abrams - Houve apenas uma cena que eu não quis que ele filmasse. Era uma na qual ele tinha que passar pelo vidro. Mesmo sendo vidro fictício, ele poderia se cortar, se machucar, e nós tínhamos de continuar filmando. Você pode ser um dublê excelente, mas não pode prever de que forma o vidro irá se quebrar. Seria impossível permitir que ele ficasse com arranhões e cicatrizes, sendo que tínhamos filmagens agendadas para o dia seguinte. Não havia necessidade de ser ele, era uma cena aberta, mas Tom queria fazer assim mesmo. Tom fez uma versão da cena em que ele entra com o pára-quedas dentro do prédio de vidro, mas antes do impacto nós mudamos para o dublê. Fora isso, todo o resto do filme, o tiroteio na ponte, ele caminhando nos telhados em Xangai — é Tom Cruise.
O com você lidou com o medo de que algo pudesse acontecer com ele?
Abrams - Tiveram momentos em que eu senti medo. Mas foi tão surreal participar deste filme e ver Tom Cruise pendurado por um fio de aço, a 100 pés do chão, que parecia não ser real. Nós estávamos em boas mãos, Vic Armstrong (coordenador de dublês), que é fantástico. Nós sabíamos que havia risco, mas que era o mais seguro possível para um set de filmagens. Uma coisa que eu odiei foi na cena da ponte, quando um caminhão passa por cima de Cruise. Aquilo foi assustador, era um caminhão passando por cima de Tom Cruise!