Wednesday, February 07, 2007

CASA NOVA

É hora de mudança. Literalmente. Minha roomate encontrou um estúdio supercharmoso na cidade ao lado da minha e se mudou com o namorado para lá. Eu fiquei sozinha no meu apartamento de mimiatura e estou mudando tudo de lugar, me ajeitando para uma vida nova que se começa agora.

Depois de ter tido trocentas crises (do rim, de gripe, sinusite, nervos), tô re-arrumando as coisas, para ver se consigo seguir por aqui por um tempo maior. A verdade é que eu descobri há pouco tempo que nunca fui tão infeliz como sou hoje.

E, como me encontro em uma situação difícil, aguardando por um visto que nunca sai e só me dá dor de cabeça, eu só tenho duas opções: ou sossego o rabo (como diz minha avózinha doce), ou vou embora para a casinha da manhã e jogo tudo no lixo.

Well, but I'm not "a quitter"!

Pelo contrário, eu posso ser chamada de jumenta empacada por insistir tanto na mesma coisa, mesmo quando ela não tem mais saída. Na minha cabeça de "ditadora do universo" eu tenho certeza que sou capaz de fazer qualquer coisa acontecer, se eu quiser muito.

É meio que uma idéia infantil de que se eu fechar os olhos e desejar muito uma coisa, ela irá acontecer.

Eu estou quase cega de tanto ficar com os olhos fechados, desejando. Tô cansada de toda minha situação aqui, de estar longe da minha família, de ter poucos amigos, de morar em uma área muito gelada... E aquilo que me segurava antes, já não faz mais tanta diferença assim.

Concluindo, ou eu tiro férias do mundo, ou eu corto os bracinhos! Fiquei com a primeira opção e tô tentando revolucionar as coisas, para conseguir um gás maior, para este tempo que me falta. Tô praticamente reformando a casa, colocando em uso todos os presentes fofos que eu ganhei de Natal e aniversário (olha a foto alí!), coloquei o namorado no limbo e marquei férias no trabalho. Com o blog não poderia diferente: mudei o endereço, matei o blogger e tentei fazer uma mega transferência para o Wordpress que só terá fim quando meu portifólio ficar pronto. Se você clicar na vaca alí abaixo, ela irá te encaminhar para o endereço novo.

Para ver se a vida anda.

Eu, que não tenho mais tempo de ler os blogs alheios, me incomodava muito com o quanto as pessoas têm saco para falar sobre a vida linda e maravilhosa que têm. Todas as vezes que eu penso em escrever um post destes, eu penso no quão merda minha vida é todos os dias, a cada segundo. Simplesmente não entendo que pílula da felicidade é esta que as pessoas tomam quando falam das coisas mais cretinas do universo...

Enfim, morte à Mary Jane, antes que o próximo filme do Spider Man chegue aos cinemas. Meu amor pela moçoila morreu desde a primeira vez que vi a personagem interpretada por Kirsten Dunst. MJ é um nojo só e não tem absolutamente mais nada a ver comigo. Assim, o novo endereço leva meu nome, e fotins feitas por mim no cabeçalho. Para começar: o meu cobertor de vaquinha, que veio diretamente de Baltimore, confeccionado pela lindíssima da Gra pro meu aniversário (amei demais!) e a minha vaquinha de pelúcia do South Park, que a Lily me deu no Natal.

A brincadeira começou porque eu chamo todas as amigas que amo de "vaca". E elas se rebelaram contra mim, me presenteando sempre com temas bovinos. Eu amei! As cores são ótimas!

Novamente, clica na vaquinha que você cai direto no endereço novo. E um "adeus" pro O Batom.

Tuesday, February 06, 2007

Atchiiiiiiiinnnnnn

Já falei. Não adianta comentar que atemperatura está boa que jogam uma frente fria na gente! Este inverno tava sendo o mais lindo de todos...até esta semana. Ok. Fez um ou dois dias de frio em dezembro, outros dois em janeiro. Mas inverno mesmo só começou agora, em fevereiro! Tá tão insuportável que eu realmente desejaria morar na linha do equador neste momento. Temperaturas abaixo de zero bonito! Credo. -17º C ontem, -11ºC hoje. A previsão: deve continuar assim pelo menos até o fim de semana! Como eu sempre digo: temperatura é defeito de design de quem projetou o planeta. Que merda mais desnecessária! O resultado é uma gripe de matar, febre, feridas na boca, uma tonelada de roupas que deixa o corpo de qualquer um desfigurado.

E como o frio chama - no meu caso acentua - depressão. Eu já pensei em me matar umas três vezes, só hoje! A coisa piora quando eu lembro da maior vacilada que eu dei nos últimos tempos. Marquei minha fédias e comprei passagem para Austin, no Texas. Ia cobrir/curtir o festival South by Southwest. Tudo lindo, bem pensado, guia nas mãos e tal... Só esqueci de marcar o albergue. E é lógico que não existe mais albergue nesta data: um mês antes do evento. Nem albergue, nem hotel, nem motel, nem porra nenhuma. Entrei em contato com a prefeitura da cidade que confirmou: tudo absolutamente esgotado! Como eu pude vacilar deste jeito? Meu Deus, mereço um croque na cabeça!

Desmarquei o vôo e só de ódio, utilizei o crédito da passagem para marcar uma viagem para Chicago em agosto. Se não for o SXSW vai ser o Lollapalooza. Que se foda! O lado bom foi que com o crédito de uma passagem para Austin deu para comprar três passagens para Chicago, ida e volta! Lembrei de marcar albergue e tudo! Quando a mamãe chegar agendo outra visita!

A próxima viagem então fica sendo o Coachella, na Califórnia. Esta, pelo menos, será acompanhada da Lily, Carol e Marco, em abril! Música e mais música, nem tô estressando de comprar ticket para show de banda avulso em NY. Só se for Fratellis, única exceção! Fora aguardar as datas da viagem a vida vai cretina, trabalho-casa-trabalho, fugindo do frio e baixando todos os filmes do cinema para assistir no conforto do lar.

Ai, ai...

Sunday, February 04, 2007

25

O futuro

BrewTube
By LORNE MANLY
Published: February 4, 2007

For the past 26 years, Jim Schumacker has toiled for the marketing machine that is the Anheuser-Busch Companies, doing his part to stoke Americans’ cravings for a cool Bud, or a Michelob, or a Bud Light. Eight of those years were spent overseeing the beer maker’s creation of 30-second commercials, those gently mocking vignettes whose characters and catch-phrases often burrowed their ways into the nation’s consciousness.

But lately, the man everyone calls Schu has been working on a different sort of content, programming for a new online entertainment network called Bud.TV. The network, which will make its debut on Monday at www.bud.tv, is the most ambitious and costly effort to date of a marketer creating Web content tailored to its own specifications. And Schumacker, a 54-year-old avuncular sort partial to earth-tone suede sandals and with a soul patch that sets off his thatch of wavy salt-and-pepper hair, is the project’s creative shepherd.

One of the first shows that will appear on Bud.TV is called “Finish Our Film,” a mash-up of reality show and making-of-a-film documentary that will be produced by LivePlanet, Matt Damon and Ben Affleck’s production company, best known for “Project Greenlight.” LivePlanet will shoot the first and last minutes of a short film and ask hopeful auteurs to plot out the middle. The person with the best treatment will be invited to Los Angeles, and every last moment of the moviemaking process (or ordeal) will be captured on digital tape.

The concept as concocted by the writers, who have done their time at the likes of “The Howard Stern Show,” “The Man Show” and “Da Ali G Show,” would at first glance be perfectly suited for a beer commercial. The film opens in a strip club during a raucous bachelor party, where a groom-to-be named Steve suffers through a lap dance. But the party-hearty tone swiftly changes when the flirtatious dancer turns deadly serious, urgently warning her abashed customer that if he desires to live past the night, he’d better grab the note nestled in her cleavage. Steve does as he’s told, and when the film resumes, he is seen beaten, blindfolded and bound to a chair, a firing squad taking aim.

Strippers notwithstanding, much of the pitch for “Finish Our Film” subverts the expectations of a beer company — it’s closer to the mind games of the David Fincher movie “The Game” than the bacchanal of “Bachelor Party.” And Schumacker, whose official title is vice president of digital marketing and branded entertainment, and other executives at Anheuser-Busch want the rest of Bud.TV to do the same. Yes, the site will carry the high-concept comedy of “Replaced by a Chimp,” in which a great ape tries to do the job of its evolutionary betters, including dentist, car mechanic and ad executive. But Bud.TV is striving to be more than a repository for Budweiser ads and lighthearted, slightly mocking beer-commercial humor; Schumacker and his team are aiming to redefine what an online entertainment network and marketer-created content can mean in a short-attention-span world.

Performers and writers from “Saturday Night Live” have signed on to create and star in recurring series. Kevin Spacey’s production company, Trigger Street Films, has agreed to supply short movies. Satirical shows about celebrity entitlement and the news are on the schedule. The sports announcer Joe Buck may do a talk show from the back of a New York cab. And Schumacker has acquired a slickly produced science-fiction series, made in conjunction with the leading video-game maker Electronic Arts. Most of the shows will run from one to eight minutes, but some will be as long as a half-hour.

Bud.TV may be a marketing venture at heart, but it is marketing sotto voce. The shows’ plots won’t revolve around the quest for the perfect beer and a beautiful woman to share it with. Characters won’t declaim the virtues of Budweiser’s freshness at every opportunity. The site won’t be cluttered with banner ads. Anheuser-Busch executives are banking on a more subtle connection. Attach a brand name to something cool, something entertaining, and that elusive young man (and to a lesser extent, young woman) may check out Bud.TV’s offerings again and again, send them along to friends, even take a stab at creating his own minifilm for the site. Cultivate that warm, fuzzy feeling about Budweiser, and the company may cement the loyalty of the existing customer, or better, woo the uncommitted or hard-to-reach drinker to a Bud Light or a Michelob or a Peels malt-liquor beverage.

Bud.TV represents Anheuser-Busch’s search for a toehold in a world where the traditional advertising model revolving around 30-second ads has been sideswiped by technological change and the proliferation of entertainment choices. The company, like almost every big marketer, is also trying to seize on the video-sharing democratization of YouTube, albeit on its own controlling terms.

Thursday, February 01, 2007

Festa de Aniversário

Quando a aniversariante tem que trabalhar no aniversário, cobrindo o lançamento do livro do Alex Kapranos, os amigos vão junto para comemorar!





Namorado e Alex

Monday, January 29, 2007

Eu tenho certeza de que eu vou morrer do coração

A programação de eventos fodíssimos de 2007 está tão boa, que eu acho que eu estou tendo um ataque do coração neste momento! OMG! I can't take it! It's too much it's hurting me!

Enfim, lá vai a agenda:

JANEIRO:

*Segunda temporada de Extra estréia na HBO;


*Sarah Silverman faz show ao vivo na Broadway;

SARAH SILVERMAN

Uma das comediantes norte-americanas de maior destaque, Sarah Silverman tem seu próprio programa no canal Comedy Central, o “Sarah Silverman Program” e “Cranck Yankers”. Ela fez parte do documentário “The Aristocrats” e lançou recentemente seu próprio combo DVD/CD com o show “Sarah Silverman: Jesus is Magic”, no qual faz piadas sobre religião, morte e pessoas de meia-idade internadas em casas de repouso.

Silverman consegue ir além, ela ultrapassa os temas geralmente tratados por seus colegas de profissão, construindo blocos satíricos já exibidos no talk-show “Jimmy Kimmel Live” da ABC – cujo apresentador é noivo da comediante e também já trabalhou em casas de show - que chocam até os mais liberais.

Em apresentação especial no clube Carolines on Broadway, na temporada de artistas espaciais Laugh Away on Broadway, até 31 de janeiro. Carolines (1626 Broadway e 50th Street, New York, NY – Tel. 212-757-4100).


* Alex Kapranos, vocalista do Franz Ferdinand, assina seu livro de culinária na Barnes and Nobles;

Alex Kapranos assina Sound Bites - O badalado vocalista da banda Franz Ferdinand apresenta seu livro sobre gastronomia nos EUA. A tarde de autógrafos e leitura de trechos acontecerá na livraria Barnes and Nobles, em 31 de janeiro (Union Square, 33 East 17th Street, New York, NY).


* Ryan McGinley expõe na Galeria Team;

IRREGULAR REGULARS de RYAN MCGINLEY

Ryan McGinley é um dos maiores expoentes na nova safra de artistas modernos norte-americanos. Fez sucesso como o mais novo artista a ter uma exposição solo no The Whitney Museum of American Art. Já foi convidado também pelos PS1 Gallery do MoMA e Musac da Espanha.

Nesta exibição especial, McGinley apresenta sua coleção de fotos de concertos do cantor Morrissey (ex-vocalista da banda Smiths, de sucesso nos anos 90). McGinley seguiu a turnê de Morrissey por dois anos, passando pelos EUA, Inglaterra e México, onde capturou imagens, não apenas do cantor e da banda, como também da reação do público. Nas fotos, ele é capaz de mostrar uma adoração - quase palpável - pelo ídolo do rock.

Após participar de mais de uma centena de shows, McGinley se acostumou a presença de Morrisey e sua banda e foi capaz de retratar, sob uma nova visão, a mágica gerada pela música. A luz, as cores e o resultado de cada uma das fotos expressam o estilo único do artista. Segundo sua própria descrição, "a música de Morrissey tem uma magia que embriaga o público."

Até 10 de fevereiro, na Team Gallery (83 Grand Street, entre Wooster e Greene Street, New York, NY).


FEVEREIRO:

* Cinco shows do Arcade Fire em uma Igreja em New York;

* New York Comic Convention - ah!;

A convenção vai ser de arrasar:

-Frank Miller and Michael Uslan will headline a panel titled Will Eisner’s THE SPIRIT, on Saturday, February 24 at 3pm.
-Diamond Comics will commemorate the 10th anniversary of Buffy the Vampire Slayer by hosting two events where fans will get a chance to meet cast members Nicholas Brendan, Juliet Landau, and Bianca Lawson.
-Stephen Colbert will also be at the convention where he will be available for autographing on Friday, February 23.
-SCI FI Friday Night! Exclusive only for New York Comic Con Fans, The SCI FI Channel presents a night of screenings with the Dresden Files and Battlestar Galactica starting at 8pm on February 23rd. Only New York Comic Con fans will get to see The SCI FI Channel's Sunday programming before anyone else by attending on Friday Night. Admission is FREE with your New York Comic Con Admission Ticket. Even Better Yet, the First 200 Fans coming to SCI FI Friday Night will receive exclusive copies of the Pain Killer Jane and BattleStar Gallactica Comics sponsored by Dynamite Entertainment. Cast Members will be doing a Q & A!

Tuesday, January 23, 2007

Coachella 2007

Como se fosse uma grande reunião de todas as bandas que eu mais amo, o Coachella deste ano traz:

Interpol
Artic Monkeys
Tiesto
The Rapture
Arcade Fire
Decemberists
LCD Soundsystem
Cansei de Ser Sexy
Tapes’n’Tapes
Infected Mushroom
Damien Rice
Kaiser Chiefs
The Fratellis
Kings of Leon

Travis
Benny Bennasi
Bjork

Eu não poderia ter escolhido data melhor para visitar o festival. Acabei agendando férias por conta própria e sei que vou arrumar problemas no trabalho por causa desta viagem e da viagem à Austin. Mas o que isso importa? Afinal, música vem em primeiro lugar sempre e, se eu não tirar férias logo, eu acabarei em um sanatório.

Estou completamente desacreditada. A lista é fantástica! A correria vai ser grande para acompanhar todos estes shows, mas vai valer a pena! The Fratellis no line up! É como eu disse, este ano esta banda estoura!

Férias

É de desacreditar. O Coachella, além de ter aumentado mais um dia de festa, vai traz este ano o melhor line-up desde a criação do festival. Eu vou me divertir tanto e me cansar tanto nestas férias, que já estou prevendo maçãs do rosto queimadas pelo sol, desidratação, dor na batata da perna, pele ressecada pelo vento do deserto. Enfim, felicidade! \O/

Thursday, January 11, 2007

The Fratellis

Você tem alguma noção de que Steve Jobs não lança apenas os eletrônicos mais cool do universo, ele lança também bandas inglês de indie rock? Imagine a quantidade de pessoas que assistiu a apresentação do Apple Tv e i-Phone online ou na Tv esta esta. Agora, pega uma porcentagem deste número (é, namorado matemático te faz pensar assim..) que baixou The Fratellis apenas porque Mr. King (é assim que chamamos Steve Jobs em casa) apresentou o novo comercial do i-Pod assim "music from an up and coming british band" e tente imaginar a quantidade de downloads e discos vendidos em uma semana! Os caras que tem um CD maravilhoso (Costello Music) simplesmente vão alcançar sucesso mundial em semanas. Já tô até vendo tickets esgotados em minutos dos shows que eles farão por aqui no verão. Ai, ai...



Ps. By the way, if you are wondering, the song played on the presentation is Flathead.

Wednesday, January 10, 2007

Bachiana Chamber Orchestra











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Assim eu gozo!



From comics she was born, and to comics she shall return: Buffy the Vampire Slayer's post-cancellation adventures will soon begin anew -- penned by Joss Whedon himself -- in the pages of Dark Horse Comics. Here's an exclusive cover image (by artist Georges Jeanty) from issue No. 1. As you can see, she's kept in shape during her hiatus. (Dark Horse will debut No. 1 at Comic-Con this week.)

This isn't Buffy's first foray into comics. And it remains to be seen if it ranks anywhere near Joss Whedon's best foray into comics: the all-too-brief "future slayer" saga Fray, which follows the dystopic advetures of Buffster's 24th-century successor. (Some will persuasively argue that this is Joss' best comics effort. I will counter with a spin move and the old axe-to-the-head. So watch it.)

So what's going on in the extended Buffyverse? Well, you may recall the show ended with the creation of an army of Slayers. Now they're organized, and the tide has turned in favor of the good guys. Ah, but you know how much Whedon hates winners: Soon an "old enemy" surfaces (Dark Horse is cagey on Big Bad's identity), and Dawn starts "experiencing serious growing pains." I hope that means the Scoobies will be fighting a mutant, undead Alan Thicke.

Começou a corrida para os melhores do ano...

THE SHINS


In the movie Garden State, Sam (played by Natalie Portman) says the Shins will change your life. You simply can't buy that sort of indie credibility. Of course, the band's music has also graced episodes of Buffy, One Tree Hill, The Sopranos and even the soundtrack to the Spongebob Squarepants movie. We don't know where the latest Shins' release will be heard next, but if you pre-order Wincing the Night Away on iTunes today, you'll get the exclusive bonus track "Nothing At All" when the album is released on January 23.


KAISER CHIEFS


Following hot on the heels of the Single "Ruby", The Album "Yours Truly, Angry Mob" is released globally on Feb 26th, except in North America where it's March 27th. There's a limited edition version week of release that will include a DVD containing a short film made by our friend Tim in the studio and live footage of 6 of the new songs shot at Berlin Kesselhaus in November. It's very limited, if you see it, buy it, it's good. This film is the first in a series of films Tim will be making with us on our travels across the world in the next few years. The others will appear on our new website. We'll try to keep them frequent. Back to the album. It was Produced by Stephen Street at Hook End Manor in Oxfordshire, recorded in one 6 week session last September and October. It was mixed by Cenzo Townshend and Stephen Street at Olympic Studio in Barnes, London.


"Yours Truly, Angry Mob"
1. Ruby
2. The Angry Mob
3. Heat Dies Down
4. Highroyds
5. Love's Not A Competition (But I'm Winning)
6. Thank You Very Much
7. I Can Do It Without You
8. My Kind Of Guy
9. Everything Is Average Nowadays
10. Boxing Champ
11. Learnt My Lesson Well
12. Try Your Best
13. Retirement

CLAP YOUR HANDS SAY YEAH



We have a new record coming out on January 30th called Some Loud Thunder. It is our second album. Check out the artwork to the side and the track list below, and two new songs for your listening pleasure. Bloggers, feel free to post these on your sites but please host the mp3s yourselves.For those of you who can't wait until the 30th, you can buy the album directly from us in the mp3 tradition, thanks to our good friends at Insound, starting on January 16th. Then we'll send you a real-life copy of the record soon after for free. We'll also have an exclusive t-shirt available for those of you who decide to buy the record directly from us. There's also another song up for you to hear over at our myspace page.


Some Loud Thunder:
1. Some Loud Thunder
2. Emily Jean Stock
3. Mama, Won’t You Keep Them Castles in the Air and Burning?
4. Love Song No. 7
5. Satan Said Dance
6. Upon Encountering the Crippled Elephant
7. Goodbye to Mother and the Cove
8. Arm and Hammer
9. Yankee Go Home
10. Underwater (You and Me)
11. Five Easy Pieces

O pássaro que se masturba ao som de Damien Rice

Tuesday, January 09, 2007

Bachiana + Pan's Labyrinth + Extras

A apresentação da Bachiana de Câmara foi de arrepiar. Quatro surpresas que não estavam no programa: no primeiro ato, estávamos aguardando apenas a execução de “Orchestral Suite#1”, de Bach. Acabaram adicionando mais três peças do compositor e alongando a apresentação. Depois, era a vez da estréia da peça “Amazonas”, do pianista-compositor belga Stefan Meylaers, que já havia confirmado que não estaria presente na apresentação. Não é que o homem entra no palco e dá um show no piano? O susposto fim da apresentação, que deveria apenas conter obras de Vila-Lobos me deixou felicíssima com a inclusão de peças de Alberto Nepomuceno e Guerra Peixe. A idéia foi incluir o trabalho de três gerações de compositores brasileiros. Foi emocionante mesmo. Então, o maestro João Carlos Martins resolveu tocar piano apenas com três dedos. Dois encores com Bach, de arrepiar.

Depois de tudo isso, saímos correndo e fomos assistir a Pan’s Labyrinth. Quem me conhece sabe que eu odeio cinema. Dificilmente eu saio da minha casa ir ao cinema, tem que ser um filme muito, mas muito bom mesmo para eu fazer o sacrifício de aguentar o mundo exterior. Neste, de Guillermo del Toro, eu acertei em cheio. Um espetáculo imperdível. Uma fuga do final da Segunda Guerra, no caos que deveria ser a Espanha e o resto do mundo.



Para arrematar, finalizamos a noite com uma maratona com as suas temporadas de Extras, a nova (aqui, lá já é velha) série de Ricky Gervais, criada pela BBC em contribuição com a HBO e que estréia aqui a segunda temporada em 14 de janeiro. É hilário. É muito parecido com o Office inglês, Gervais é gênio de te deixar sem-graça por ele. Fantástico.

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Saturday, January 06, 2007

Bachianas Chamber Orchestra

O post dalí debaixo está uma vergonha. Eu sabia que eu não teria folga durante todo o mês de dezembro para ajudar minha chefe a fechar as edições especiais do jornal de Natal e Retrospectiva. Depois da virada tinha os preparativos para o concerto da Bachiana Chamber Orchestra do Brasil no Carnegie Hall, que o jornal está organizando, e que o meu primeiro dia livre seria 7 de janeiro.

Mas, mesmo assim, eu jurei de tudo quando é forma que ia fazer um último post do ano de gente, uma lista de lembranças das coisas boas que aconteceram em 2006. Era uma forma de contrastar com tudo o que aconteceu de ruim, o ano foi especialmente difícil. É claro, mais coisa ruim apareceu e eu acabei não conseguindo terminar como gostaria.

No meio do caminho minha mãe, que dá aula para crianças especiais em uma das maiores escolas de Campinas há 27 anos foi demitida. Vou tentar não me prolongar no assunto, porque realmente me enfurece e, em segundos, as únicas coisas que eu consigo pensar são em todos os palavrões que eu conheço.

Só quem tem conhecimento do contexto é que entende o porquê eu fiquei tão triste. Eu fui criada dentro daquela escola. Foram 14 anos estudando no mesmo local. Minha mãe se casou lá, me batizou lá. Aquilo foi a vida e carreira dela. A dor que ela sentia era muito maior que a que eu senti, eu sei. Mas me cortou o coração ver a mulher perder uma das coisas mais preciosas da vida dela. Foi como se tivesse acontecido comigo.

Isso me afetou tanto que eu caí doente dos rins e passei quatro dias no hospital na última semana antes do Natal. Delírios e delírios de febre. Conclusão: os dias que eu deveria estar trabalhando eu estava rolando de dor na cama. Atrasos e mais atrasos, correria enorme, não conseguimos a folga esperada durante os feriados de final de ano.

Acabou tudo sendo meio nas coxas. Os presentes de Natal, a não existência de nenhum cartão, a falta de comemoração, o Réveillon dentro de casa...Outras coisas vieran encher a cabeça, meus landlords acham que meu namorado é um árabe que entra constantemente na casa deles sabe-se lá para quê e meu cartão foi roubado online e fizeram uma festa na minha pobre conta bancária.

Finalmente chegou a véspera do meu descanso. É dia do concerto e em meia hora eu tenho que deixar a redação direto para o teatro, sem ter tempo de tomar um banho ou me arrumar direito. Depois das 10 horas da noite eu estou oficialmente de folga até a manhã da segunda-feira e God knows how tired I am.

Vou me obrigar a ir ao cinema, já que estarei na cidade mesmo, e fazer alguma coisa da vida. Caso contrário, sei que me enfiarei na cama e sairei de lá no último segundo da segunda-feira, antes de trabalhar novamente.

Dá para pensar no que eu quero de ano novo desta forma? A única coisa que eu visualizo é uma cama. Juro. E isso tudo não é reclamação, não!

Desde de lá de cima? Eu acho que a demissão de mamãe veio para o bem de todos. Ela tinha que fazer alguma coisa diferente, eu não acho que passar a vida inteira no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa, é muito mérito. Tô feliz que agora ela será obrigada a ter experiências novas, em outros lugares. No mais, se ela vier morar aqui comigo, eu é quem vai acabar ganhando.

Ficar doente é bom para eu ver que eu não aguento tanta coisa nas costas sozinha. Ou eu começo a delegar pequenas tarefas para as pessoas envolvidas na minha vida, ou eu vou cair mesmo. Infelizmente, por mais que eu queira, eu não sou um superherói. Não sou o homem múltiplo.

De resto, a correria fui eu quem escolhi. Poderia ter escolhido me casar com um homem rico, ou sei lá, ser professora e ter três meses de férias por ano, como a Maria Lúcia tem. Mas não. Eu escolhi ser pobre e trabalhar sem folgas. Toma!

Sobre o concerto? Maestro João Carlos Martins, problemas nas mãos fez ele abandonar os pianos e estudar regência. Criação da orquestra que está se apresentando pela primeira vez em New York e ele retornando ao Carnegie Hall após 25 anos. É emocionante. Logo da campanha Amazon Forever, que o show beneficiará, desenvolvido por Milton Glaser, que eu tive o (des)prazer de entrevistar no outro dia.

Enfim, a vida caminha...

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Saturday, December 23, 2006

Um Ano Pop

Tenho um terrível defeito. Apesar de, racionalmente, saber que não devo comparar as coisas (gêneros, namorados, shows, anos, músicas, álbuns, amigos, famílias), e sim tentar analisá-las de uma forma mais clara, separadamente, levando em consideração prós e contras individuais, eu não consigo resistir.

Este foi um ano muito menos pop que 2005. Tenho um amigo que costuma dizer que 2006 é um ano amaldiçoado. E eu concordo. Talvez meus problemas pessoais não tenham deixado meu cérebro descansar e se preocupar com as futilidades culturais que eu tanto amo. De uma forma ou de outra, farei a esperada (esperada por mim, porra!) lista de melhores de 2006.

É cláro, é necessário levar em consideração o fato de que, nem tudo que eu listar aqui foi lançado em 2006. E isso não importa, really. O ponto é que este disco, livro, série ou filme fez parte da minha vida em 2006 e, em alguns casos, mudou a minha existência.

Top 10 álbuns

10 – Regina Spektor - Begin to Hope
9 – The Hold Steady
8 – Beck – The Information
4 – First Impressions of the Earth dos Strokes
3 – Damien Rice - 9
2 – Rapture – Pieces of the People We Love
1 – The Killers – Sam’s Town

Funny Thing
Meu primeiro post de 2005 não era nada pretencioso. Às vezes eu espanto à mim mesma com o quão pouco eu quero da minha própria vida. Ou então, o quão pouco eu acho que mereço da minha própria vida.

Contato

Já que eu não
tenho o que fazer, vou fazer uma lista. Decidi chamá-la de "realizações do meu
vigésimo-quarto ano de vida".

Lá vai:
- Dar uma trégua para meus óculos e visual nerd e
colocar lentes de contato. Na verdade eu já usei, mas não tenho receita para
comprá-las aqui. Então decidi ir ao médico, fazer o exame retardado e voltar a
usar as malditas lentes. --- Check. Eu uso as malditas lentes praticamente
o tempo todo!

- Nadar/dançar pelo menos uma vez por semana. Eu
abomino exercício físico, mas eu realmente preciso fazer alguma coisa, ou eu vou
morrer de stroke aos 25. Nadar e dançar são as duas únicas coisas que eu seria
capaz de fazer. E yoga. É, e yoga. ---- A academia foi abandonada há anos, e as
aulas de dança que eu descobri em uma escola fudidíssima foram adiadas por falta
de grana.

- Terminar o curso de cinema do SVA. --- Fiz duas
cadeiras e preferi trabalhar.

- Ser admitida no Pratt Institute. --- Check.
Aparentemente deu tudo certo e 2007 será um ano de muita arte.

- Emagrecer 20 Kilos. --- Check. Ok. Foram 25
libras. Não dá 20 kgs. But I’m still working on it.

Este vai ser um ano de muita, mas muita economia.
Então não posso incluir nenhuma viagem longa ou mais interessante. Nem bens
materiais caros. Continuarei com a minha TV velha, meu computador caindo aos
pedaços, sem câmera digital, mas estudando. Estudando, é o que importa. E eu
quero, acima de tudo conseguir trabalhar mais. Aplicar para algum estágio em
alguma das major Tv networks, e quem sabe, by the end of the year, estar
finalmente trabalhando na minha área.

There it is. A plan. A girl with a
plan.

Yeah.
Ok.
Yeah.





O bacana é que a parte que me era mais importante, estar trabalhando na área, se realizou. Já vai completar um ano que eu tô feliz da vida no Extra.


Retrospectiva Power

*Family Guy mudou minha vida;
*Curso de documentário de música na SVA foi um espetáculo;
*Minha melhor amiga veio me ver por dez dias;
*First Impressions of the Earth dos Strokes mudou minha vida;
*Eu abri uma conta para postar vídeos no Putfile, mas foi minha conta com o You Tube que mudou a minha vida;
*A coleção completa de Alias mudou minha vida
*O ExtraUSA mudou minha vida
*Este livro perturbou minha vida: http://postsecret.blogspot.com/
*Roubaram meu i-Pod
*Eu fui duas vezes à Los Angeles
*Lançaram o filme sobre um dos meus livros mais preferidos do universo (http://photos1.blogger.com/blogger/5246/61/1600/arthuro.jpg)
*EU ME MUDEI E PASSEI A MORAR SOZINHA!
*O clipe de Someday You Will Be Loved me fez chorar mais de mil vezes (http://www.youtube.com/watch?v=A_eBS0sjumw)
*Shop Girl com a Claire Danes me fez chorar mais de duas mil vezes
*Eu voltei a ver o Cirque Du Soleil
*Eu entrevistei J.J. Abrams
*Cory Booker foi eleito prefeito de Newark
*Eu congelei na frente do Philip Seymour Hoffman
*Eu realizei meu sonho e assisti ao stand up act do Seinfeld ao vivo
*Eu assisti a The Omen no dia 6/6/06
*O final de Queer as Folk acabou comigo
*Eu assisti ao Stephen King ler Carrie ao vivo
*Entrevistei a Sarah Jessica Parker
*O novo álbum do Keane “Under the Iron Sea” quebrou meu coração
*Booker assumiu a prefeitura de Newark, eu cobri a primeira posse de um prefeito ao lado do fotógrafo do New York Times, um carinha de Singapura muito gente boa.
*Eu comprei tickets para vários shows e não fui por falta de tempo/saco/companhia. *Entre eles, Gnarls Barkley, The Who, Aerosmith, The Producers.
*Eu fiz o TOEFL bêbada e ainda consegui tirar a nota máxima.
*Vi Scissor Sisters no Siren com a Mama. Me apaixonei por Psicologia Positiva.
*Sofri demais com o fim de Queer as Folk
*Comprei o melhor aparelhinho do universo
*Fiz um zilhão de vídeos e postei 10% deles no You Tube
*Conheci a Caror e o Roberto que mudaram a minha vida
*Me matei de rir com Tapa na Pantera, Snakes on a Plane,
*Não terminei de ler o quinto livro do Harry Potter
*Troquei de celular, não comprei um Roomba
*Me apaixonei por Galactica sem fim
*Como qualquer ser-humano normal, me matriculei na academia, fui algumas vezes e nunca mais voltei
*Vi Death Cab For Cutie duas vezes
*Vi Fraz Ferdinand
*Vi The Presets
*Vi Ted Leo and the Pharmacists
*Vi The Rapture e perguei autógrafo
*Vibrei com midterm elections
*Me apaixonei
*Entrevistei Tim Robbins e quis me casar com ele
*Saí com o Jude Law (haha, esta simplesmente não é para qualquer um...)
*Entrevistei o Danny Glover

Sunday, December 17, 2006

Austin, TX já

South by SouthwestMarch 9, 2007 to March 18, 2007Talented, filmmakers, musicians and multi-media artists from around the world gather to showcase music, film and interactive.

Star of Texas Fair & RodeoMarch 9, 2007 to March 24, 2007Austin goes cowboy as PCRA competitors hit the arena and area students exhibit prize livestock. Headline entertainment rocks the arena after the rodeo events.

Tapestry Dance Company: The Souls of Our FeetMarch 9, 2007 to March 11, 2007This fast paced collection of footwork restages the best of rhythm tap masterpieces from Fred Astaire and Eleanor Powell to The Nicholas Brothers as well as contemporary works of living masters. Led by the live jazz music of the Eddy Hobizal Jazz Trio, this one-of-a-kind concert brings swingin’ jazz and 18 feet keeping time to the pulse of this wonderful and indigenous American artform; a celebration of rhythm at its best.

The Austin Symphony presents Don McLeanMarch 17, 2007Known for such hits as "Vincent (Starry, Starry Night)" and "American Pie," Don McLean has been hailed as "the voice of the century" by such artists as Buddy Holly and Roy Orbison. As one of the most renowned singer/songwriters of our time, McLean's music influenced generations of future performers. He again achieved chart-topping recognition when "American Pie" was voted number 5 in a poll of the 365 "Songs of the Century" compiled by the Recording Industry Association of America and the National Endowment for the Arts.

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Friday, December 15, 2006

Burro com atitude vai longe...

"Cuidado com os burros motivados"
Em "Heróis de Verdade", o escritor combate a supervalorizaçãoda Aparência
e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.

ISTOÉ - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki -
Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de
sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro
importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas
deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares
de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são
tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria
vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu
ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da
moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa
de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que
trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os
outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

ISTOÉ - O sr. citaria exemplos?
Shinyashiki -
Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu
pai, órfão aos sete anos,empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro
miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus
heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. O
resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da
população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega,há mais
suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa
está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame
mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um
emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTOÉ - Qual o resultado disso?
Shinyashiki -
Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer
preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês,
informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única
coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a
desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando
a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão
discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo
corporativo.

ISTOÉ - Por quê?
Shinyashiki -
O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a
começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais
marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a
competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que
respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que
ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito
interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho
dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na
contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num
processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTOÉ - Há um script estabelecido?
Shinyashiki -
Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente
de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos
respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de
cabeça na empresa. Preciso aprendera relaxar". É exatamente o que o Chefe
quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser
desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em
fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes,são promovidos aqueles que
fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma das maiores empresas do
planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem
mentir". Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

ISTOÉ - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki -
Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se
preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se
preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o
maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados.
Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma
função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca
um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer
que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me
dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da
faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou
incompetente e não acordou para isso.

ISTOÉ - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki -
Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que
os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o
ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta
para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem
nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem
que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes
para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que
preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa,
fazem pose de que está tudo bem.

ISTOÉ - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos
perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?

Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando
os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O
técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles
não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando
você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth
com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham".
Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela
certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que
não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se
o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTOÉ - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem super fracassado.
A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada
de errado nisso. A crise será positiva se elas entenderem que a
responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTOÉ - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer
essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz
minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não
consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu
filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com
uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou
massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O
resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que
não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?"
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas
cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira
é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é
buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso
desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do
aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith
Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers
do BillGates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a
desenvolver suas próprias potencialidades.

ISTOÉ - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro Loucuras
da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se
ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de
estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que
puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há
um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para
o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um
estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não
casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do
casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a
família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo
a praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em
um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez
pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior
parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me
sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu
sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a
felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se
arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a
vida.

Thursday, December 14, 2006

Can't wait...



"ROBERT RODRIGUEZ'S 'PLANET TERROR' Kurt Russell, vehicular mayhem...what’s missing? Right, zombies! Sin City’s Rodriguez bites into the walking-dead genre with a decidedly B-movie cast led by Rose McGowan (left, with Marley Shelton)."

Wednesday, December 13, 2006

Roommate

Eu, que havia jurado que nunca mais moraria com outro ser-humano existente no universo, tenho uma roommate nova. A Caror está morando em casa tem umas semanas e estes vídeos explicam o porquê eu, um ser nada sociável, adoro morar com a Caror. Ela é simplesmente o ser mais sem noção do mundo!

Ps. Não reparem o fato de que todo mundo está usando underware. É proibido usar roupas em casa!



Festa Oficial



Fotos da Festa Oficial