A Minha Vida (nada) Acadêmica.
To invocada com a faculdade e acabei com vontade de escrever redação a respeito da minha vida acadêmica.
Uma coisa sempre foi contante na minha vida: a paixão pela escola, livros, professores e colegas. Eu simplesmente amo estudar. Hoje eu completo 5 anos envolvida com faculdade, seja qual for ela. Apesar da minha loucura por uma sala de aula, eu não esperava passar tanto tempo envolvida com o curso "superior".
Após 13 anos estudando na maior e mais forte escola
SALESIANA (de cú de é rola...) de Campinas eu falhei em passar no vestibular de Jornal da
USP. Estudar na
ECA era um sonho, e no comecinho dele eu fiz o favor de desmaiar antes de entrar na sala do vestibular. Lindo, eu só faltei arrancar os cabelos. Estudei duzentos anos para desmaiar no dia em que eu realmente tinha que colocar isso em prova.
Semana seguinte eu fui prestar Letras na
UNICAMP, minha segunda opção. Estudar a língua brasileira me ajudaria a escrever melhor (eu ainda não desisti disso...) e mais tarde eu poderia voltar a prestar jornal. Devido ao desmaio do Domingo anterior eu fui dopada para a prova.
Eu sou um ser engraçado, eu não tenho medo de nada, nada mesmo, destas besteiras de morte, altura, qualquer coisa, mas fala que você vai me colocar em prova por algum motivo. Eu só falto me borrar. Foi assim com as duas vezes que eu tive que tirar carta de motorista (aqui e no Brasil) e foi assim com os vestibulares. Devido a alta dosagem de drogas e calmantes na minha corrente sanguínea eu só conseguia ver coisas lindas no vestibular para Letras, o que resultou numa prova de Matemática em branco. Eu nunca chorei tanto na minha vida.
O problema se agrava se eu contar que eu sou muito desesperada, imdeiatista, eu não posso esperar amanhã, nem o ano que vem, para prestar outro vestibular. Então minha mãe, fez a matrícula para a prova da
PUCC para mim. Me lembro que a única coisa que eu sabia dizer é que aquela faculdade era para burros, que eu n?o iria estudar com jumentos, este tipo de coisa preconceituosa. É, eu sou péssima.
Da data marcada de manhã minha mãe me arrastou pelos cabelos até o Campus do Seminário e me fez participar daquele ritual de quem é menos imbecil para estudar Jornal na faculdade paga mais famosa do país. Eu fui chorando. Na porta encontrei uns amigos, fumei uns cigarros e entrei para a sala.
Nunca fiz nenhuma prova tão fácil na minha vida, mas esta não é a parte mais incrível. O máximo é que eu não estava nervosa. Por isso eu passei. Entrei na faculdade com 17 anos, em 2000. Meu RA é da turma do 00, nunca levei nenhum trote.
Curso de Jornalismo da Pucc acabou se tornando a melhor faculdade que eu poderia esperar. Com excess?o de algumas excessões, todas as pessoas que eu conheci lá são fantásticas. Minhas melhores amigas estudaram comigo, e existem jornaistas hoje que eu tenho orgulho de dizer "Esse cara é meu amigo!"
De qualquer forma, dois anos de curso foram o suficiente para eu entender que se eu me formasse como as outras 100 pessoas da minha sala eu não teria lugar para trabalhar no final de qautro anos. Com muito apoio da Cárita eu resolvi sair de lá e estudar qualquer coisa em qualquer outro lugar.
Acabou que entrei no
Bergen Community College assim que cheguei aqui. Fiz um curso de English as a Second Language até o final (n?vel avan?ado) e depois disso fiz American language Program, que apesar do nome era um curso de inglês fantástico, que misturava leitura, redação e pronúncia com a cultura americana, história e leis.
Consegui a transferêcia do curso de jornal para o BCC, o que me deixou muito admirada, com excessão de Português e HistÓria do Brasil a faculdade aceitou todos os meus créditos, e como os cursos aqui são mais fracos eu eliminei semestres e mais semestres de estudo, adicionando coisas doentes como matemática e física ao currículo.
Antes de começar eu fui demitida (a primeira demissão...) e não pude iniciar o curso. Eu adorava o College, é o único lugar em que todo mundo conversava, que eu fiz amigos e que o professor se importava com a vida dos alunos. Tive que largar tudo.
Depois de um bom tempo trancada dentro de casa, sem poder retornar ao BCC por causa da dist?ncia, eu comecei a fazer os cursos para o Certificado de Jornalismo da
NYU. Este já é o terceiro semestre e as aulas de Interviewing começaram hoje.
"If you ask good questions, you can learn how to write and publish interviews in newspapers and magazines. Designed for both beginning journalists and established writers, this course targets the most basic skill in journalism and the backbone of all articles--interviewing. Topics include: choosing the right subject; researching an idea and interviewee; dealing with spokespeople and publicists; preparing for an interview; interviewing styles and techniques; choosing and attributing quotes effectively; and marketing the story. Students receive written assignments and write articles based on actual interviews. Guest speakers include top New York City journalists and editors."
Campus: 48 Cooper Square
Instructor: Seth Kugel, que é um gato e free lancer fixo do NYTimes. Achei a primeira aula excelente, e o programa do curso muito bem bolado. Temos visitantes em todas as aulas para dar palestras e para ñós entrevistarmos. Na semana que vem será a porta voz do Bloomberg, Jennifer Falk.
Os programas das aulas de jornal geralmente são interessantes, mas o que me incomoda é que o curso se volta apenas para jornalismo impresso, não tendo nada de prática de Tv, Rádio ou jornalismo eletrônico. Ok, o que eu gosto é impresso, mas mesmo assim eu faço questão de pelo menos ter aulas de Tv ou Foto.
Comparar o curso da NYU com o da Pucc é até piada. O da Pucc é muito mais forte, milhões de vezes. Mas aqui também tem estas vantagens como os convidados para as palestras como o editor do caderno City Sunday do NYTimes ou até mesmo os professores que são jornalistas e trabalham nos lugares mais bafos que tem.
De acordo com meus calculos esta minha passagem de 5 anos pela faculdade acaba em Agosto. Depois disso já tenho at? outros cursos em mente, mas até lá é descansar um pouco.