Up All Night With The New Kings of Rock
Já tem um tempinho que esta revista chegou em casa, mas só agora eu to encontrando tempo pra falar sobre o assunto da capa de todas as revistas de música: STROKES!
Na semana passada eu cometi o crime de faltar a aula por uma boa razão, ir ao show dos Strokes no Madison Suqare Garden. O convite já estava comprada desde Agosto, mas com a ansiedade dos últimos tempos eu até tinha me esquecido do show.
Eu e a Jo, seguimos para o teatro e pela primeira vez na vida eu vi a maior concentração de jovens, bem jovens mesmo, em NY. A cidade é povoada por adultos e idosos, jovens é a coisa mais rara de se encontrar. Em massa então, praticamente só um milagre. Eu não tenho noção de quantas pessoas estavam no teatro, mas era muita gente junto, e malucos de todos os tipos. É o tipo de evento que você vê todos os cortes de cabelo possíveis, todas as cores presentes numa mesma composição de roupa, todo mundo maluco junto.
O show começou com Regina Spektor, que faz parte do Tour Room on Fire da banda. Ela é uma mocinha que nasceu em Moscow e vive há muito tempo em NY, estudou piano clássico e hoje faz o som mais moderno que eu já escutei na vida. O engreçado é que na hora eu pensei em todas as colunas sobre música que eu já li na vida dizendo sempre a mesma coisa, a nova banda é a banda mais criativa do mundo. Pro caralho com eles, ninguém é mais louco e criativo do que Regina Spektor. Isso é lei.
Ela entra no palco, com um visual pra lá de singular, e começa um som completamente diferente de qualquer coisa que eu já escutei (pra quem quiser conferir elá tem dois Cds, "11:11"e "Songs"), tocando piano com a mão esquerda (apenas!) e com duas baquetas na mão direita ela batia numa caixa de som, num rítmo completamente não linear. A voz da mo;ca até assunta, é muito, muito, muito linda. Meia hora depois, 15 minutos de intervalo e eu agradecendo por poder assistir algo assim.
Então entra Kings of Leon no palco, que também fazem parte da nova turne dos Strokes. Eu que já tinha baixando uma ou outra música da banda fiquei impressinada com a forma com que os caras tocam. É muito perfeito, o som é muito bom mesmo. Eles foram classificados como "the finest rock debut" pelo Village Voice, numa resenha que eu já coloquei aqui. E todo mundo tá falando da banda e tem esta entrevista que o Lucio fez com Matthew Followill, o guitarrista de apenas 18 anos, que é mais do que prodígio, ver o cara tocando até arrepia.
Meia hora de show e meia hora de intervalo entra Strokes no palco. O show foi 2/3 This is It, e 1/3 Room On Fire. O Cd foi lançado só há 1 semana atrás, apesar de ter vazado na Internet já há algum tempo. O pessoal não sabia mesmo as músicas novas, e vibravam mesmo com NY City Cops, Someday e lógico, Last Nite.
Para mim, foi algo completamente inexplicável ver a banda ali, cantando as músicas que eu escuto desde que cheguei aqui, e ter o prazer de ouvir à parte do CD novo ao vivo. Do disco novo eles tocaram Under Control, In can't Win, You Talk a Way Too Much, e mais outras duas. O Julian Casablancas se comporta exatamente como nos clipes do DVd, interage com o público numa boa.
Um hora de show cravado, sem bis, eu sai do teatro parecendo bêbada e rouca, lógico. Uma das melhores coisas que eu já fiz neste país.
Different enough to sound new and exciting but similar enough to their previous work to retain that classic Strokes sound.
Matéria enorme da Rolling Stone feita pelo Neil Strauss e da Spin por Chuck Klosterman.
Site da Regina Spektor, tem até um blog desatualizado da moça por lá.
Site de Kings of Leon, tem como ouvir algumas músicas e assistir alguns vídeos na parte de AUDIO.
Review de Room on Fire pela BBC de Londres e pela POp Matters.
Com o Cd "This is It" tocando, já que eu não tenho grana para adquirir o Cd novo. Mas o meu conta com o DVD com shows da banda!